Como Usar Arquétipos Para Vendas e Atrair Clientes

Tempo de leitura estimado: 20 minutos

Última atualização em 29/07/2023

Aprenda como fazer vendas com arquétipos para vendas exercendo emoções e ações.

Não importa se isso acontece de forma inconsciente (a maioria das vezes) ou consciente, nem se desejamos ou não essa interferência. Ela simplesmente acontece! A Agencia de Marketing Digital P. W. criou esse artigo completo que explica praticamente tudo relacionado a marketing e arquétipos para aumentar vendas.

Sobre Marketing, Arquétipos e Vendas

Caso você esteja se perguntando o que são arquétipos, são representações, modelos ideais de um conceito que já estão formados em nossa mente.

Um bom exemplo para se explicar o que são arquétipos são os significados que atribuímos aos animais.

Automaticamente, ao pensar em um cachorro, você associa conceitos como: fidelidade, amizade e obediência. Já um gato remete à independência e autoestima.

Essas associações já estão enraizadas no nosso inconsciente coletivo (vou falar dele mais para frente) e se usamos o símbolo de um cachorro em um logotipo, por exemplo, estamos passando o mesmo significado atrelado a ele para a nossa marca.

Arquétipos para atrair clientes

Os arquétipos podem ser apresentado em forma de:

  • Imagens;
  • Símbolos;
  • Sons;
  • Cheiros;
  • Comportamentos.

Caso um produto seja associado a um arquétipo, quem recebe o estímulo automaticamente fará a conexão entre os dois, o que é chamado de neuro associação.

Toda informação contida naquele arquétipo será transferida para o produto, seja isso intencional ou não.

Se você já foi em alguma feira de automóveis deve ter reparado que do lado de cada carro exposto, especialmente os mais luxuosos e caros, há sempre uma modelo apresentando o produto.

Essa associação não é nada casual: a intenção é enviar uma mensagem para o subconsciente do público alvo, que em sua grande maioria são homens, que ao comprarem aquele carro poderão conquistar a mulher dos seus sonhos.

O que o público masculino sente ao observar a modelo (o arquétipo da mulher ideal) é automaticamente transferido para o carro, gerando um enorme desejo de compra em quem tem ou não o poder aquisitivo para tal.

A fórmula de associação entre arquétipos e produtos funciona não só para induzir desejos de consumo, mas também são utilizados para induzir comportamentos nas mais diversas áreas como:

  • Propaganda de produtos e serviços;
  • Treinamento de pessoas;
  • Análise de perfil comportamental;
  • Entretenimento;
  • Construção de marcas.

Conhecer um pouco mais sobre os arquétipos pode ajudar você a:

  • Descobrir o que motiva as pessoas a agirem e comprarem;
  • Como engajar consumidores com a sua marca;
  • Como conduzir o lead através do funil de vendas com os estímulos corretos;
  • Como transformar leads em fãs.
  • E muito mais!

Como usar arquétipos para definir sua marca

Antes de poder usar um arquétipo para definir sua marca, primeiro você precisa entender bem o que é sua marca, quem é seu mercado-alvo e como seus clientes e possíveis clientes pensam e se sentem sobre sua empresa e seus produtos. Considere também como você gostaria que eles se sentissem sobre sua empresa e seus produtos.

Entenda o poder e o potencial de sua marca

Saiba o que você está oferecendo a seus clientes de maneiras que vão além do racional e lógico. Os clientes geralmente têm uma conexão emocional com uma marca. Entenda a conexão que eles têm com sua empresa e use o mais relevante e apropriado dos 12 arquétipos para criar isso. Um arquétipo de marca deve fazer sentido psicológica e estrategicamente.

Conheça seus clientes

Comece com seus clientes. Procure compreendê-los e suas decisões de compra. Converse com seus clientes. Conheça-os e entenda por que eles usam seu produto ou por que compram outros produtos similares. Você pode querer considerar uma pesquisa de mercado.
Tente conhecer ou entender o que eles sentem emocionalmente quando optarem por comprar seu produto ou serviço. Que conexão emocional eles têm com a sua marca ou com a dos concorrentes?

Desenvolva a conexão emocional

Pesquisas mostram que metade das decisões de compra do consumidor são baseadas em emoções. Use esse entendimento para aprofundar a conexão da sua marca com seus clientes. Em seguida, deixe essa forma como você interage com os clientes de todas as maneiras. Seja autêntico. Ser consistente. Seja claro ao transmitir a conexão emocional que os clientes mantêm com sua marca.

Use o simbolismo para uma conexão mais forte

Procure maneiras de apoiar isso com imagens e simbolismo. Além de descrever sua marca verbalmente, use imagens visuais fortes, autênticas e consistentes. Use fotos, vídeos e gráficos para ajudar a dar à sua marca uma ressonância mais forte com os clientes. Trabalhe esse tema em como você desenvolve e projeta seus produtos ou como você apresenta seus serviços.

Revise e aplique o arquétipo certo

Depois de ter uma imagem sólida e clara da sua marca e do seu público, pense nos arquétipos clássicos. Pense no que melhor se ajusta à sua empresa e seus produtos. Reserve um tempo para explorar como você pode trabalhar com esse arquétipo para que sua empresa possa construir uma conexão mais profunda com clientes e possíveis clientes.

Plano de jogo

Pegue o que você sabe sobre seus clientes e a percepção deles sobre sua marca e combine isso com seu conhecimento de arquétipos para fortalecer sua marca.
Próximos passos:
  • Estude seus clientes e interaja com eles. Conduza grupos de foco e pesquisas para entendê-los melhor, suas decisões de compra e seu relacionamento com a sua marca.
  • Reflita sobre as características da sua marca, incluindo seus pontos fortes, limitações e potencial.
  • Analise criticamente os 12 arquétipos e selecione um – ou dois, se você não conseguir resolver imediatamente um – que seja mais adequado para seus negócios.
  • Explore como você pode aplicar melhor o arquétipo mais adequado e comece o trabalho de definir ou redefinir sua marca com esse arquétipo em mente. Se você não puder escolher imediatamente o arquétipo mais adequado, este exercício ajudará.

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O poder de persuasão dos arquétipos

arquetipos para vendasOs seres humanos sempre usaram símbolos e imagens para se comunicar e induzir comportamentos.

Só lembrar dos arquétipos dos deuses gregos, romanos e egípcios, por exemplo. Um arquétipo para representar a beleza, o outro a força, poder, inteligência e por aí vai.

Certamente esses arquétipos são usados ainda hoje e as mesmas associações são feitas a eles.

Os arquétipos são poderosos para induzir vendas e possuem o mesmo mecanismo de funcionamento dos gatilhos mentais e das técnicas da persuasão, pois todos eles atuam no inconsciente, despertando certas emoções e, consequentemente ações por parte de quem as recebe.

E como sempre, seu uso fica no limite entre a persuasão e a manipulação, dependendo da ética de quem conhece e faz uso desses símbolos.

A polêmica do uso de mensagens subliminares

Você provavelmente já ouviu falar do uso de mensagens subliminares espalhadas pelos mais diversos materiais, de desenhos infantis a propagandas em revistas.

E sim, isso não é lenda urbana. Elas existem e são usadas sutilmente para reforçar conceitos, como fez a marca americana de fast food KFC, do ano de 2008, em um comercial de TV.

Se você olhar com um pouco mais de atenção irá perceber que notas de 1 dólar estão sutilmente representadas na alface do sanduíche, para reforçar a ideia de que o produto é barato e custa menos de 1 dólar.

o que é Marketing e ArquétiposDificilmente alguém notaria essa pequena inserção em um comercial de 30 segundos, mas a mensagem é registrada pelo inconsciente.

O que não significa que ela não poderia ser percebida conscientemente (como foi), mas sim que a maioria dos espectadores não iriam prestar tanta atenção assim.

De uma maneira ou de outra, a mensagem que a marca queria passar através dessa imagem foi captada por quem assistiu.

A inserção de marcas em filmes, séries com a intenção de fazer associações positivas a produtos também é uma forma de passar uma mensagem subliminar.

Você pode até não perceber, enquanto assiste ao jogo no domingo à tarde, você está recebendo estímulos e associações nada casuais o tempo todo.

Vamos dizer que seu time faz um gol e as câmeras da TV filmam a comemoração e a alegria do momento. No fundo da imagem, você vê banners das marcas, que estão nas laterais do campo. Automaticamente, seu inconsciente registra o sentimento de alegria trazido pelo momento do gol e da comemoração com com a marca que está sendo exibida.

Tudo isso sem que você sequer perceba!

Estímulos sutis, grandes impactos

Um supermercado britânico decidiu fazer um experimento com vinhos do mesmo valor e sabor, apenas de nacionalidades diferentes: um era francês e o outro alemão.

O estudo consistia em colocar uma música francesa para tocar na loja em um dia e no outro uma música alemã, sempre de forma alternada.

O resultado foi extremamente interessante: no dia que a música francesa era tocada, os vinhos franceses eram os produtos mais vendidos. E quando a música era de origem alemã, os vinhos mais vendidos também!

Certamente os clientes que estavam na loja ouviram a música que estava tocando, mesmo que não tenham prestado a atenção a ela. No entanto, pouquíssimos relataram terem sido (conscientemente) influenciados pela música na hora de escolher a nacionalidade da sua bebida.

E claro, esse tipo de ação funciona muito melhor  para influenciar o comportamento do consumidor quando o planejamento de marketing digital não são percebidas claramente pelo público. Se forem estímulos visuais, (nosso sentido mais aguçado) ou auditivos, funcionam ainda melhor.

A relação entre arquétipos e o inconsciente coletivo

arquetipos para atrair clientesO conceito do inconsciente foi criado/descoberto por Freud. Porém, ele acreditava que essa parte da nossa mente seria formada apenas por conteúdos reprimidos ou esquecidos.

Como um baú onde você guarda suas coisas velhas que não usa mais.

Seria o seu espaço individual e lá estariam só seus sentimentos e pensamentos ignorados pela mente consciente.

No entanto, Carl Jung foi além no conceito de inconsciente.

Ele afirmava que essa parte individual do inconsciente seria apenas uma camada superficial que estaria recobrindo uma camada muito mais profunda. Essa camada escondida seria um registro de informações universais e não individuais.

O conteúdo registrado nessa área da mente seria comum para todos os seres humanos, independente de religião, cultura, gênero, idade, nacionalidade ou qualquer outra característica.

Segundo Jung, o inconsciente coletivo não contém informações que já estiveram na consciência em algum momento e foram esquecidas ou reprimidas.

É uma espécie de conhecimento comum a todos os seres humanos, assim como a capacidade de controlar a respiração, batimentos cardíacos e etc. Todos nascem com essa habilidade, independente de terem aprendido ou não. E não precisamos pensar para executar nenhuma delas.

Os conteúdos do inconsciente coletivo são, essencialmente, arquétipos, que são formas já existentes e com certos conceitos atrelados a eles, porém não podem ser criados pela mente consciente.

No entanto, os arquétipos não são sempre inconscientes. Uma forma bastante conhecida de expressão dos arquétipos são os contos de fada, que são conhecimentos coletivos transmitidos ao longo de gerações.

E por que os arquétipos são tão eficazes para gerar ações?

Quando somos expostos a determinados arquétipos, alguns neurotransmissores e hormônios específicos são produzidos, gerando emoções e sentimentos que não estão em nosso total controle.

A reação que ocorre em nosso organismo não acontece em apenas uma interação com um arquétipo. De acordo com Dr Eric J. Nestler, diretor do Friedman Brain Institute, em Nova York,é preciso usar a repetição para provocar os estímulos.

Por esse motivo que as pessoas precisam, em média, ver um anúncio 6 vezes ou ter vários pontos de contato com uma marca ou produto. Um arquétipo não levará ninguém a tomar uma decisão ou agir com uma única exposição a ele.

Além disso, nem todo arquétipo irá produzir uma reação positiva ou gerar o desejo de compra.

Os arquétipos podem ser usados de forma positiva ou negativa e estão presentes nas mais diversas aplicações cotidianas.

Por exemplo, se você pretende criar o logotipo para a sua empresa, precisa conhecer melhor os arquétipos para não passar a mensagem errada para seu público.

Ao usar a psicologia das cores, apostar na tipografia adequada e palavras persuasivas, você está usando arquétipos e induzindo respostas emocionais nas pessoas que entram em contato seja com seu site e sua identidade visual ou até mesmo com você.

Sim, você também vive e representa arquétipos. A questão é: quais deles você deseja realmente para a sua vida?

E mais: existe um arquétipo para todo tipo de necessidade, ou seja, você só vai conseguir atingir as pessoas que se identificam com o arquétipo que você escolheu para você, para sua marca e seu negócio.

Por isso a importância de conhecer seu posicionamento de mercado e segmentar seu público para saber quais dos arquétipos sua marca irá personificar.

O número de arquétipos existente é bastante extenso, então vamos falar somente daqueles mais conhecidos e usados pelas empresas para construir a personalidade de suas marcas: os 12 arquétipos de Jung.

Os 12 arquétipos de Jung

arquetipos para aumentar vendasDurante seu estudo sobre inconsciente coletivo, Jung definiu 12 arquétipos junto com suas motivações, conjunto de valores e características e acreditava que todo ser humano se encaixaria dentro dessas 12 opções com um único arquétipo dominante.

Os 12 arquétipos de Jung são:

  • O Inocente: deseja ser feliz acima de tudo e acredita em um mundo melhor onde todos podem ser quem desejam.
  • O Cara Comum: possui o desejo de pertencer ao grupo, sendo igual aos demais e por isso não expõem aquilo que realmente pensam e sentem.
  • O Herói: acredita que com vontade, dedicação e coragem é possível conquistar qualquer coisa e, portanto, não mede esforços para isso.
  • O Cuidador: tem o grande desejo de ajudar outras pessoas como faria consigo mesmo e teme por momentos difíceis não por si mas pelos outros.
  • O Explorador: liberdade é o valor mais importante para esse arquétipo que procura fugir do tédio e sempre experimentar algo novo.
  • O Rebelde: gosta de quebrar regras, chamar atenção para si e é fiel a seus próprios valores e não aqueles considerados certos pelos outros.
  • O Amante: seu foco está em relacionar-se com outras pessoas e teme ficar sozinho, valorizando assim a beleza e o romance.
  • O Criador: possui o dom da criatividade e precisa expressá-lo através de ações significativas.
  • O Tolo: aposta no humor e na ideia de viver o momento, aproveitar ao máximo sem se importar com o que as outras pessoas vão pensar.
  • O Sábio: deseja entender o mundo através do estudo e da auto reflexão, é metódico e detalhista e acredita que a verdade é libertadora.
  • O Mágico: busca a visão das leis fundamentais do universo misturando conhecimentos ocultos, religião, ciência e tecnologia para fazer acontecer.
  • O Governante: seu maior desejo é exercer o poder, não importa a esfera de atuação, é responsável e gosta de ter o controle.

Cada um desses arquétipos está relacionado a um grupo de motivações pessoais.

Os arquétipos e seu papel na satisfação das necessidades humanas

arquetipo para vendasOs arquétipos satisfazem necessidades do ser humano, como segurança, controle, significância, auto realização e independência.

Somos motivados por esses impulsos todos os dias e tomamos decisões com base na necessidade que se mostra mais urgente no momento.

A tendência natural das pessoas é buscar o equilíbrio.

Se você tem segurança demais em sua vida, o tédio toma conta e o desejo da busca por desafios maiores aparece porque a necessidade do equilíbrio é a maior de todas elas.

Os arquétipos, que são as representações ideais dessas necessidades, e que muitas vezes servem de ponte entre produtos e a motivação do consumidor ao oferecem soluções com significado e propósito.

As 6 necessidades mais comuns são:

Necessidade de Segurança X Desejo por desafios

A vida moderna em especial apresenta uma sensação de insegurança muito maior devido às constantes mudanças, seja na tecnologia, no mercado consumidor e até nas relações.

Toda essa incerteza aumenta a necessidade de segurança e os arquétipos que melhor personificam a segurança e a ordem são:

  • O Criador
  • O Governante
  • O Cuidador

As marcas que usam esses 3 tipos de arquétipo auxiliam as pessoas a preservar a ordem e a estabilidade ao mesmo tempo que lidam com mudanças.

Conexão com outros seres humanos x Significância

O que você faz precisa importar para alguém. Marcas de luxo são um bom exemplo disso, já que seu maior benefício é o status, pois possibilita a criação de uma imagem para outras pessoas admirarem.

Os arquétipos que melhor personificam a preocupação com as outras pessoas são:

  • Cara Comum
  • O Amante
  • O Tolo

Eles não estão preocupados em causar um impacto no mundo, mas sim com a impressão que vão causar nas outras pessoas.

As marcas que usam esses arquétipos ajudam os consumidores a se conectarem com outras pessoas.

Crescimento e Evolução X Ajudar os Outros

A transformação e o impacto no mundo são objetivos desse grupo de arquétipos:

  • O Herói
  • O Rebelde
  • O Mágico

São os arquétipos ideais para quem quer criar ou vender produtos que trazem mudanças significativas para a maneira como as coisas são feitas no presente.

Independência X Senso de pertencimento

O último grupo de arquétipos deseja a independência acima do senso de pertencimento, exatamente o oposto dos arquétipos do Cara Comum, do Tolo e do Amante, que preferem o sentimento de acolhimento dos outros a serem quem realmente são.

  • O Inocente
  • O Explorador
  • O Sábio

A ação dos consumidores pode ser motivada por todas essas necessidades, ou pelo menos algumas delas, ao mesmo tempo. Cabe a você definir quais delas seu produto ou serviço visa resolver para escolher o arquétipo ideal para a sua marca.

Arquétipos e sua relação com o Marketing

arquétipo de super vendedorCada vez mais as empresas buscam entender a mente dos seus consumidores, seu comportamento e a jornada da tomada de decisão.

Como resultado disso, a junção entre ciência e marketing, o neuromarketing vem sendo cada vez mais aplicado pelas grandes empresas multinacionais.

Coca Cola. Maçã. Harley Davidson. Victoria’s Secret

Quatro marcas diferentes – com diferentes produtos e clientes diferentes. O que faz marcas como essas se destacarem? O que torna essas marcas tão notáveis ​​e memoráveis? Seu segredo para o sucesso? É algo tão poderoso que mesmo o marketing dessas marcas é reconhecível sem seus logotipos.

Tudo se resume a uma ideia antiga. Um que está enraizado na humanidade e apoiado pela ciência e pesquisa psicológica.

Bem-vindo: arquétipos.

Os arquétipos são formas de uma pessoa, marca ou empresa se destacar na multidão, serem notadas por seu trabalho e atrair aqueles que se identificam com aquela persona.

Mais do que apostar na clássica segmentação de mercado por idade, gênero, renda e hábitos, você obterá muito mais benefícios se  segmentar seu público pela forma como ele enxerga e se comporta no mundo e quais valores que dirigem sua vida.

Os arquétipos criam uma personalidade para a marca fazendo com que seus consumidores se relacionem com sua empresa como se ela fosse outra pessoa, criando uma conexão, um relacionamento.

Em uma era onde estamos cada vez mais conectados, porém as relações estão cada vez mais distantes, as marcas acabam por se tornarem substitutos de relacionamentos que faltam na vida de muitas pessoas.

Enxergamos as marcas como extensões de nós mesmos e como os arquétipos são as representações ideias daquilo que gostaríamos de ser, procuramos nas marcas a manifestação concreta desses ideais

arquetipo para vender muitoA PERSONALIDADE EXTRAORDINÁRIA DO SEU NEGÓCIO

Qual o melhor arquétipo para a sua marca?

arquétipos para vender maisOs arquétipos de Jung são padrões de pensamento e comportamento que existem em todos os seres humanos.

Logo, somos todos influenciados da mesma maneira por um arquétipo específico. Ninguém irá olhar para a foto de um tubarão, por exemplo, e imaginar características como dócil, frágil ou amistoso.

Quando associados às marcas, os arquétipos emprestam esse mesmo tipo de significado e podem ser a explicação por trás de marcas extremamente valiosas e lotadas de fãs apaixonados.

Uma vez que o arquétipo esteja de acordo com a marca e seu público, ele será reconhecido inconscientemente e ativado com o gatilho certo, que pode ser uma propaganda, um produto ou qualquer outro elemento criado em cima do conceito do arquétipo escolhido.

Além disso, um relacionamento mais intenso com os consumidores pode surgir, porque a marca acaba se conectando de forma mais profunda, dando a sensação que os maiores desejos do público podem ser realizados por aquela empresa.

Vamos então nos aprofundar no efeito que cada um desses 12 arquétipos pode trazer para uma marca e como você pode escolher o ideal para a estratégia de branding do seu negócio.

1- O Inocente: deseja ser feliz acima de tudo e acredita em um mundo melhor

O Inocente quer sentir como uma criança. Resgata a inocência e a fantasia dessa fase da vida, mostrando o lado bom das coisas. Apela para a criança interior.

Esse arquétipo procura por felicidade e quer encontrar o “paraíso”, a sua visão de mundo ideal.

Medo: fazer algo errado e ser punido

Desejo: ser feliz

Personalidade do arquétipo do Inocente: Walt Disney

Marcas que usam o arquétipo do Inocente:

  • Disney
  • Coca-Cola
  • Mc Donalds

Como usar no seu negócio

A Coca-Cola, por exemplo, possui um público muito diversificado e o arquétipo do inocente funciona porque se conecta com a criança interior, que todos nós temos.

As marcas ligadas à bondade, nostalgia e que possuem valores sólidos são aquelas que mais se adequam ao arquétipo do Inocente.

Os produtos desse tipo de marca oferecem uma resposta simples a um problema fácil de identificar.

É um arquétipo mais sensível a preços, ao contrário do Explorador.

2.O Explorador: liberdade é o valor mais importante e procura fugir do tédio

Os exploradores sonham acordados, gostam de viajar e de novidades.

O arquétipo do explorador procura por desafios e variedade e necessidade de liberdade.

Medo: Se sentir preso, tédio e vazio interior

Desejo: experienciar o melhor lado da vida

Personalidades do arquétipo do Explorador: Richard Branson (Virgin)

Marcas que usam o arquétipo do Explorador:

  • LandRover
  • Virgin
  • Discovery Channels

Como usar no seu negócio

Se o seu produto ajuda as pessoas não só a serem livres, mas também pode ser “consumido em qualquer lugar e comprado pela internet, o arquétipo do Explorador pode ser uma boa escolha para representar sua marca.

Indicado também se ajuda as pessoas a expressarem sua individualidade, seja através de roupas, do corte de cabelo e até de móveis e objetos de decoração.

3.O Sábio: deseja entender o mundo através do estudo e da auto reflexão

O arquétipo do sábio é aquele que quer aprender coisas novas e evoluir sempre.

Não pode ser enganado, gosta de dados e informações sobre produtos.

Medo: ser enganado ou ser ignorante

Desejo: encontrar a verdade

Personalidade do arquétipo do Sábio: Oprah Winfrey

Marcas que usam o arquétipo do Sábio:

  • Harvard
  • CNN
  • FGV (Fundação Getúlio Vargas)

Como usar no seu negócio

Marcas que informam e educam e fazem seus clientes pensarem. Essa é a personalidade do Sábio.

Use esse arquétipo somente se puder provar que tudo que diz está baseado em fatos e dados.

4.O Herói: acredita que com coragem é possível conquistar qualquer coisa

Desafia convenções e deseja alcançar a significância, nem que tenha que brigar e demonstrar coragem para isso.

Medo: ser covarde ou demonstrar fraqueza

Desejo: provar seu valor através de atos corajosos

Personalidade do arquétipo do Herói: Martin Luther King

Marcas que usam o arquétipo do Herói:

  • Nike
  • Redbull
  • Cruz Vermelha

Como usar no seu negócio

Se você pratica preços de moderados a altos, possui um produto inovador e com potencial para causar impacto no mundo, o arquétipo do herói é uma boa escolha.

Se você ajuda as pessoas a alcançarem resultados superiores, melhor ainda!

5. O Rebelde: gosta de quebrar regras, chamar atenção para si

O arquétipo do Rebelde muitas vezes aparece entre pessoas que possuem vidas dentro dos padrões, mas que gostam de quebrar regras e de liberdade, mesmo que seja apenas nos finais de semana, como é o caso dos clientes da Harley Davidson.

Medo: não conseguir agir

Desejo: acabar com o que não funciona mais

Personalidade do arquétipo do Rebelde: Madonna

Marcas que usam o arquétipo do :

  • Harley Davidson
  • MTV
  • Revista Rolling Stone

Como usar no seu negócio

Os seus clientes se identificam com valores fora do padrão social vigente e querem destruir as coisas como elas são para criar algo fora desse padrão. Use esse conceito e aplique preços mais baixos para alcançar esse perfil.

6.O Mágico: busca conhecer a visão das leis fundamentais do universo

O arquétipo que promete uma enorme transformação, mas sempre ligado a um propósito.

Medo: consequências negativas e não intencionais de seus atos

Desejo: realizar sonhos

Personalidade do arquétipo do Mágico: Steven Spilberg

Marcas que usam o arquétipo do Mágico:

  • Smirnoff
  • Mastercard
  • Axe

Como usar no seu negócio

O que importa é a transformação que você pode causar na vida das pessoas e não o quanto ela irá custar (desde que seja algo que as pessoas realmente queiram).

7.O Cara Comum: possui o desejo de pertencer ao grupo, sendo igual aos demais

Não gosta de se destacar na multidão e quer comprar, usar ou ter o que pessoas do seu círculo social têm.

Medo: ficar de fora do grupo ou se destacar

Desejo: fazer parte do todo

Personalidade do arquétipo do Cara Comum: Tony Ramos

Marcas que usam o arquétipo do Cara Comum:

  • Gap
  • Visa
  • Nivea

Como usar no seu negócio

Eu posso ser como você ou todos nós podemos são as mensagens que mais atraem a atenção do arquétipo do Cara Comum, ideal para vender produtos de uso cotidiano e de preço baixo.

Além de marcas que querem se diferenciar de outras do mesmo nicho de mercado mais caras e elitistas.

8.O Amante:seu foco está em relacionar-se com outras pessoas

Sedução, amor e sexualidade aflorada. Essas são as características mais notáveis do arquétipo do Amante.

Medo: ficar sozinho ou ser rejeitado

Desejo: estar em relacionamentos com pessoas que amam

Personalidade do arquétipo do Amante: Angelina Jolie

Marcas que usam o arquétipo do Amante:

  • Alpha Romeo
  • Channel
  • Haagen Daaz

Como usar no seu negócio

Aplique o arquétipo se a sua marca ajuda as pessoas a encontrar amor, amizade ou beleza. Ou ainda usa a sensualidade para vender.

É uma boa maneira de se diferenciar das marcas mais comuns e cobrar um preço maior por isso.

9.O Tolo: aposta no humor e na ideia de viver o momento, aproveitar ao máximo

Seu foco está na conexão com outras pessoas e na diversão.

Medo: irritar os outros ou a si mesmo

Desejo: iluminar o mundo

Personalidade do arquétipo do Tolo: Jim Carrey

Marcas que usam o arquétipo do Tolo:

  • Pepsi
  • M&M
  • Trident

Como usar no seu negócio

O seu produto deve ajudar as pessoas a se divertirem e fazerem parte de um grupo.

10.O Criador: possui o dom da criatividade e precisa expressá-lo através de ações significativas

Crescimento e desafio é a combinação ideal para os criadores.

Empresas ligadas a marketing e softwares são criadores por natureza. Empresas que se reinventam o tempo todo, apostam na criatividade para existir.

Medo: ser medíocre

Desejo: transformar ideias em algo de valor

Personalidade do arquétipo do Criador: Steve Jobs

Marcas que usam o arquétipo do Criador:

  • Apple
  • Lego
  • Sony

Como usar no seu negócio

Ferramentas que ajudam pessoas criativas a criarem mais são os produtos certos para quem vive esse arquétipo do Criador, já que seus clientes gostam muito de usar a sua criatividade.

Indicado para quem está tentando diferenciar sua marca de outras mais genéricas.

11.O Cuidador: tem o grande desejo de ajudar outras pessoas como faria consigo mesmo

Se interessa por marcas que podem ajudá-lo a cuidar das pessoas.

Um caso curioso e que foge desse exemplo é o da marca Volvo, a primeira a produzir carros com cintos de segurança, o que a associou automaticamente ao fato de cuidar da segurança e da vida de seus consumidores.

Por isso que quem compra um Volvo são pessoas que se preocupam com a segurança de outras pessoas, como seus familiares e amigos e gostam de marcas que os ajudem a fazer isso.

Medo: não ser reconhecido e receber ingratidão

Desejo: proteger as outras pessoas

Personalidade do arquétipo do Cuidador: Madre Tereza

Marcas que usam o arquétipo do Cuidador:

  • Volvo
  • Médicos sem Fronteiras
  • Hospital Albert Einstein

Como usar no seu negócio

Tradicionalmente negócios relacionados à educação e saúde  e causas sem fins lucrativos correspondem ao arquétipo do cuidador.

12.O Governante: seu maior desejo é exercer o poder

Seu foco está no poder, estabilidade, status e previsibilidade

Procura por qualidade, garantia, confiança e status. Não gosta de produtos baratos.

Medo: a falta de controle

Desejo: criar algo bem sucedido e próspero

Personalidade do arquétipo do Governante: Donald Trump

Marcas que usam o arquétipo do Governante

  • Rolls Royce
  • Microsoft
  • Johnnie Walker

Como usar no seu negócio

Marcas que fazem o consumidor parecer poderoso, luxuoso e tradicional e que ainda ajudem as pessoas a serem mais organizadas.

Os preços podem e devem ser mais altos que os praticados no mercado.

Marketing e Arquétipos exemplosA PERSONALIDADE EXTRAORDINÁRIA DO SEU NEGÓCIO

Arquétipos e Storytelling

como usar arquetipos no marketingDepois de escolher qual arquétipo é o mais adequado para a sua marca, é preciso traduzir o conceito para as histórias que você quer contar sobre o seu negócio. E que, certamente, precisam estar alinhadas à sua proposta de valor.

Junte as informações sobre a persona]do seu negócio, a proposta de valor, o arquétipo escolhido e pronto: você pode usar o storytelling para promover seu negócio e gerar mais vendas.

O Storytelling de marcas através de 7 arquétipos

Em seu livro As 7 tramas básicas, o jornalista Christopher Booker afirma que é possível usar um dos 7 modelos de storytelling para contar histórias de uma marca. São eles:

1. A jornada: muito parecida com a jornada do herói, o conceito principal é o progresso. O protagonista encontra muitos desafios em seu caminho, precisa enfrentá-los e vencê-los para no fim alcançar um estágio mais evoluído que seu estado anterior.

2.Derrotando o monstro: conhece a famosa história bíblica de Davi e Golias, onde o jovem e inexperiente Davi consegue matar sozinho o gigante Golias apenas acreditando que conseguiria? A base da história é sempre essa, o protagonista encontra algo maior que ele mesmo e precisa vencer o medo e recorrer à força e a coragem para virar o jogo a seu favor. O herói, no entanto, não é a marca, mas sim o consumidor. A marca se torna apenas uma ferramenta para derrotar o monstro.

3.Da pobreza à riqueza: esse arquétipo funciona muito bem para contar histórias que surgiram do nada. Ou para contar a história dos próprios fundadores.

4.Renascimento: o herói é ameaçado por algo ou alguém muito maior que ele. O herói acaba caindo na armadilha e, ao que tudo indica não terá saída. Porém, a redenção acontece após uma profunda transformação do herói.

5.Viagem e retorno: ou da inocência à sabedoria. A história de procurando Nemo é o exemplo mais perfeito desse modelo de história, onde o protagonista sai de seu estado de medo do desconhecido e se lança em uma aventura para encontrar seu filho perdido.

6.Tragédia: esse é o único tipo de storytelling que precisa ser evitado, já que aciona uma das emoções que menos geram engajamento: a tristeza. As únicas exceções acontecem para histórias que tem como objetivo alertar para os perigos de uma determinada atitude, como dirigir embriagado ou fumar, por exemplo.

7.Comédia: a mais difícil de ser executada em storytelling de marcas pois pode-se facilmente ir para o caminho da ridicularização. Porém, para aquelas que conseguem usar a comédia da forma certa, a fórmula é de sucesso absoluto.

Arquétipos para vendas

O mundo dos arquétipos para vendas, como fruto da mente humana, é um campo tão interessante quanto extenso e desconhecido.

Há muito mais do que esses 12 arquétipos identificados por Jung, então cabe a você julgar se a sua marca corresponde a algum desses modelos ou se encaixa em outra definição ainda não descoberta.

Portanto, crie a imagem da sua marca com base na sua própria personalidade, porque certamente não existirá nada que será tão único(a) quanto você.

Agora, não importa se você está no mercado há muito tempo ou se está apenas começando. Alinhar sua marca com algo que já está embutido no subconsciente das pessoas fará com que sua marca seja mais fácil de identificar e se relacionar.

Quando você se ancora contra um arquétipo, está dizendo aos seus clientes que tipo de experiência eles terão com sua marca.

Marketing e Arquétipos exemplosPor que os arquétipos influenciam marcas e clientes

Os arquétipos criam um impacto emocional nos consumidores porque eles reconhecem esses traços em si mesmos. É por isso que alguns consumidores são leais a marcas antigas, não importa o quanto sejam bombardeadas com o produto mais recente do mercado. Não é que os consumidores não gostem de mudanças – é só porque estão emocionalmente conectados à marca.

Entendendo o arquétipo da sua marca

Os arquétipos funcionam como uma bússola. Entender e incorporar completamente o arquétipo que representa seu negócio permitirá que você tome decisões e conduza desenvolvimentos que são centrais e consistentes com o núcleo de sua empresa.

Os arquétipos da fundação, do núcleo e do influenciador

No Step Change, usamos arquétipos para facilitar aos nossos clientes a identificação da base, do núcleo e do influenciador de sua marca.

fundação é geralmente o tipo de categoria da sua empresa. Esse traço é o que levou sua empresa até onde está hoje, ou é o padrão que os clientes exigem ou tradicionalmente de sua indústria.

núcleo é a personalidade do seu negócio – o coração da sua marca. Isso diferencia você da concorrência. Isto é o que você precisa para acertar. Certifique-se de que os membros de sua equipe estejam cientes disso. Em todas as suas comunicações e em tudo que você faz, você precisa ser consistente com seu arquétipo principal.

Lembre-se, o que faz uma marca se destacar é o compromisso e a força de seu arquétipo central.

influenciador , por outro lado , é o arquétipo que dá ao seu núcleo sua vantagem e versatilidade. É algo que você precisa ficar de olho. Leva-o para a frente, pois dá um nível de tempero. Isso também moldará você à medida que evoluir como marca.

Como você quer que sua marca seja vista?

Ao ler este livro, aprenda e tire uma página das marcas mais memoráveis ​​do mundo, como Coca-Cola, Apple, Harley Davidson e Victoria’s Secret. Pense em qual arquétipo está mais próximo de sua marca.

Conclusão

Uma vez que você tenha decidido sobre seus arquétipos principais e influenciadores, aprenda-os de cor. Faça com que sua equipe e seus fornecedores terceirizados os entendam. Use-os para guiá-lo para humanizar suas comunicações, melhorar sua estratégia e remover qualquer subjetividade.

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